O telefone celular poderá em breve começar a ser usado em Moçambique como sistema bancário em zonas onde bancos comerciais não operam.
Um dos maiores bancos de Moçambique, o Standard, disse que o sistema está a ser usado com sucesso no Quénia.
A declaração do Standard Bank surge numa altura em que o governo está a mobilizar os bancos para abrirem sucursais em zonas rurais onde o governo acredita que há muito dinheiro escondido em colchões ou enterrado debaixo de árvores por camponeses, pescadores, carpinteiros ou cantineiros devido à falta de instituições bancárias.
Nínguém sabe ao certo quanto dinheiro está nessas condições. Há mais de cinco anos, falava-se de 20 milhões de dólares.
Mas o nível de desenvolvimento economico de Moçambique ainda não permite a produção de estatísticas fiáveis no interior do País, onde não existem bancos comerciais nem energia eléctrica.
Moçambique tem cerca de 16 instituições bancárias que cobrem apenas 53 distritos dos 128 que compõem o País e o Presidente da República, Armando Guebuza, que é igualmente empresário, defende a expansão da banca comercial para zonas rurais do país.
Guebuza lançou um apelo aos partidos politicos, líderes comunitários, agentes económicos e a população em geral a fazer poupanças, depositando nas instituições financeiras.
O apelo para a abertura de novos balcões nas zonas rurais é muito antigo, mas tem deparado com problemas pois muitos bancos consideram menos relevante para seus negócios abrir balcões nos distritos.
A poupança em Moçambique é considerada fraca devido à pobreza que afecta 54 por cento da população do País estimada em 21 milhões de habitantes.
O Estado, considerado maior empregador formal com cerca de 180 funcionários, paga salarios de pobreza. A maior parte dos seus funcionários recebe salário minimo equivalente a cerca de 85 dólares norte-amercanos/mês por trabalhador.
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