terça-feira, 5 de julho de 2011

" NOS KU NOS" Graça ao Amilca Cabral.

Rio caboverdiano. Cabo Verde de gala no 36º aniversário da Independência
05 Julho 2011





Uma referência para despertar a memória colectiva do povo cabo-verdiano, reafirmar a identidade nacional no presente e perspectivar o destino futuro de Cabo Verde num mundo globalizado. É a tudo isso que o acto solene, que acontece no Salão Nobre “Abílio Duarte”, na Assembleia Nacional, se propõe. Comemoram-se os 36 anos da independência deste país considerado inviável, pelo menos a nível económico, mas que é hoje apontado como um caso de sucesso. É com pompa e circunstância que esta data histórica está a ser assinalada. Às 9h00, a Companhia Especial da 3ª Região Militar presta a Guarda de Honra. Logo de seguida, às 9h20, o presidente da Assembleia, Basílio Ramos, abre a sessão, que será acompanhada pelos presidentes da República de Cabo Verde, Pedro Pires, e de Timor Leste, José Ramos-Horta, pelo primeiro-ministro, José Maria Neves e pelo presidente Supremo Tribunal de Justiça, Arlindo Almeida Medina e ainda por representantes dos partidos políticos.

Estão previstas intervenções de um deputado da UCID, dos presidentes dos grupos Parlamentares do MpD e PAICV, e dos presidentes da República e da Assembleia Nacional. Na quarta-feira, 06, o Presidente da República Democrática de Timor-Leste, José Ramos-Horta, convidado especial para acompanhar as celebrações, retorna ao Parlamento onde, desta vez, fará uso da palavra.

Terminada a parte solene desta terça-feira, os cabo-verdianos vão ocupar algumas artérias da Praia - a Avenida Cidade de Lisboa, por exemplo, para assistir ao desfile “Mundo Encantado”. Está ainda programada uma exposição de fotografia sobre a Rua 05 de Julho de antigamente e de agora. Segue-se a inauguração desta emblemática rua da cidade capital e uma tocatina nessa rua pedonal.

Em São Vicente, como manda a tradição, a Rua de Lisboa recebeu a partir das 21h00 desta segunda-feira, um baile popular, abrilhantado pelo agrupamento musical The Kings, que também celebra 40º aniversário da sua criação. Constantino Cardoso, Vlú, Chico Serra, Jorge Sousa e ainda o grupo Serenata foram os anfitriões desta festa da música promovida pela Câmara Municipal de São Vicente. A festa prossegue hoje no Pont d´Água, com o “Baile da Cabo-verdianidade”, que terá como animadores Micas Cabral (Guiné Bissau), Tó Alves, Edson, Gai e Vlú.

Na ilha do Sal, a cadeia hoteleira Oásis Atlântico & Resort celebra o Dia da Independência com várias iniciativas, com destaque para uma exposição e venda de livros de autores locais na recepção do hotel, estando também prevista a presença de um artista plástico cabo-verdiano para pintura ao vivo. Haverá ainda um show tradicional de Colá San Jon e batucada.

Com um três em um, Boa Vista festeja a sua padroeira, Santa Isabel, o Município e o 36º aniversário da independência. O fim-de-semana foi de bailes populares com grupos locais, de S. Vicente e Santiago, e da diáspora, casos do Grace Évora e Gil Semedo. Hoje, 05, os boavistenses podem desanuviar apreciando a exposição fotográfica “Recordar Boa Vista. Passado, Presente e Futuro”, na Biblioteca Municipal, e “Céu, Sol e Mar”, de Mário Costa, que retrata o quotidiano, hábitos e costumes locais, na Explanada Silves.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Amílcar Cabral já é nome de avenida em França

Uma avenida de Saint-Denis, França, foi baptizada este fim-de-semana com o nome de Amílcar Cabral, fundador do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Um acto que, segundo o «maire» daquela cidade da grande Paris, visa «perpetuar a memória de um homem de convicções, um homem de Estado, que consagrou toda a sua vida a servir o ideal da emancipação». Parentes e amigos do homenageado, além de cabo-verdianos radicados em França, participaram sábado passado, 5 de Julho, na inauguração da Avenida Amílcar Cabral em Saint-Denis, uma cidade em crescimento situada na periferia de Paris. O evento fez parte do programa alusivo aos 33 anos da independência de Cabo Verde, destacando o «maire» Didier Paillard a sua satisfação por Saint-Denis ser a primeira urbe francesa a ostentar o nome do fundador do PAIGC.



"Para uma cidade, escolher o nome duma rua ou dum local não é um acto anódino, é um engajamento, é um acto que exprime um valor, um meio de se apropriar uma história comum, um património, uma memória", declarou Didier Paillard, diante de diplomatas africanos, membros da comunidade cabo-verdiana, bem como de Ana Maria, Iva e Luís Cabral, respectivamente, viúva, filha e irmão do homenageado.

A escolha feita por Saint-Denis, acrescentou Paillard, é a justa recompensa a um homem de convicção, um homem de Estado que consagrou toda a sua vida a servir um ideal de emancipação, mas também um gesto de amizade para a comunidade cabo-verdiana e a reparação duma injustiça para com a África. «A partir de 5 de Julho de 2008, a Avenida Amílcar Cabral nos ligará para sempre a Cabo Verde, através de um homem que lutou pelo seu povo, pagando com a própria vida», concluiu.

Por seu turno, o embaixador José Armando Duarte exprimiu a satisfação dos cabo-verdianos em ver o nome de Amílcar Cabral a ser hoje parte da toponímia de Saint-Denis. «Amílcar Cabral é, com efeito, uma referência incontornável para os cabo-verdianos», afirmou. «Ele é o símbolo da unidade dos povos cabo-verdiano e guineense, o símbolo da esperança colectiva que nós continuamos a perseguir, a cada novo dia (...), por um mundo mais justo».



Além da inauguração da Avenida Amílcar Cabral, o 33º aniversário da independência de Cabo Verde em Saint-Denins ficou ainda marcado por uma exposição de pintura de Tchalé Figueira e uma outra de fotos alusivas ao homenageado, um espectáculo musical em que participaram vários artistas crioulos residentes em França. Também a revista «Latitudes», que agrupa intelectuais de vários países lusófonos e que se publica em Paris, lançou por estes dias o seu número 32, tendo como Amílcar Cabral como tema principal. Essa edição foi coordenada por Luís Silva, que antes já havia coordenado uma outra edição, esta dedicada a Baltasar Lopes da Silva.

Nascido a 12 de Setembro de 1924 em Bafatá, na Guiné-Bissau, filho de pais originários de Cabo Verde, Amílcar Cabral fundou em 1956 o PAIGC com Luís Cabral, o seu meio-irmão (ex-Presidente da Guiné-Bissau), Aristides Pereira (ex-Presidente de Cabo Verde) e outros companheiros. A sua morte, a 22 de Janeiro de 1973, em Conakry, é considerada um dos momentos mais tristes da luta pela emancipação africana. Em 1999 a revista «Jeune Afrique», elegeu Cabral como uma das 10 figuras políticas mais importantes de África do século XX, ao lado de Nelson Mandela, Leopold Senghor, etc.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Pedro Pires presta homenagem a heróis nacionais

O Presidente da República, Pedro Pires, vai, no âmbito das comemorações do Dia dos Heróis Nacionais, render homenagem àqueles que se entregaram à causa cimeira da nação cabo-verdiana, a luta pela independência.
A homenagem do Chefe de Nação aos Heróis Nacionais, que tem tcomo expoente máximo Amílcar Cabral, acontece esta quinta-feira, dia 20, pelas 9h30, numa cerimónia que terá lugar no memorial Amílcar Cabral.

Combatentes da Liberdade da Pátria, Membros das Missões Diplomáticas e de Organismos Internacionais acreditados em Cabo Verde, para além de outros convidados, estarão presentes na cerimónia de deposição de coroa de flores no Memorial Amílcar Cabral.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Aumenta imigração dentro da CPLP

A imigração dentro da CPLP ascende a cerca de um milhão de pessoas. Portugal e Angola são principais destinos

Domingas Gomes Varela, uma imigrante da CPLP seca roupa na Cova da Moura em Lisbon December 6, 2007. Portugal e Angola são os principais destinos dos cidadãos de outros países da CPLP"Não basta criar-se o estatuto de cidão comum. Há que acabar com a xenofobia e racismo"
Aumenta imigração na CPLP





Um crescente número de cidadãos da CPLP está a emigrar para países membros da organização, disse o secretário geral da Comunidade de Países de Língua portuguesa (CPLP), Domingos Simões Pereira que estimou que a imigração entre países membros ascende a cerca de um milhão de pessoas.

O Secretario executivo da CPLP falava na cerimónia de abertura da oitava reunião das Direcções-gerais dos Serviços de Migração e Fronteiras dos Países da Língua Portuguesa, que se iniciou Segunda-feira em Bissau com duração de três dias.

O dirigente da CPLP referiu-se em particular ao fluxo de cidadãos entre os países membros referndio em particular a entrada de imigrantes da CPLP em Portugal e Angola "como ontem ao Brasil".

Simões Pereira disse que embora não haja dados oficiais "estima-se que haja hoje um milhão de nacionais da CPLP vivem noutro país membro da CPLP".

O secretário geral da CPLP disse que não basta criar-se o estatuto de cidão comum a todos os países membros da organização havendo que criar condições para o acolhimento desses imigrantes.

Acima de tudo , disse ele, há que acabar com a xenofobia e racismo algo que só pode ser alcançado em verdadeira democracia.


Domingos Simões Pereira teve uma visão crítica quanto ao cumprimento dos acordos assinados entre os Estados membros da CPLP afirmando que muitos acordos são assinados e não são depois aplicados .

Moçambique tenta captar milhões de dolares de poupanças

O telefone celular poderá em breve começar a ser usado em Moçambique como sistema bancário em zonas onde bancos comerciais não operam.

Um dos maiores bancos de Moçambique, o Standard, disse que o sistema está a ser usado com sucesso no Quénia.

A declaração do Standard Bank surge numa altura em que o governo está a mobilizar os bancos para abrirem sucursais em zonas rurais onde o governo acredita que há muito dinheiro escondido em colchões ou enterrado debaixo de árvores por camponeses, pescadores, carpinteiros ou cantineiros devido à falta de instituições bancárias.

Nínguém sabe ao certo quanto dinheiro está nessas condições. Há mais de cinco anos, falava-se de 20 milhões de dólares.

Mas o nível de desenvolvimento economico de Moçambique ainda não permite a produção de estatísticas fiáveis no interior do País, onde não existem bancos comerciais nem energia eléctrica.


Moçambique tem cerca de 16 instituições bancárias que cobrem apenas 53 distritos dos 128 que compõem o País e o Presidente da República, Armando Guebuza, que é igualmente empresário, defende a expansão da banca comercial para zonas rurais do país.

Guebuza lançou um apelo aos partidos politicos, líderes comunitários, agentes económicos e a população em geral a fazer poupanças, depositando nas instituições financeiras.

O apelo para a abertura de novos balcões nas zonas rurais é muito antigo, mas tem deparado com problemas pois muitos bancos consideram menos relevante para seus negócios abrir balcões nos distritos.

A poupança em Moçambique é considerada fraca devido à pobreza que afecta 54 por cento da população do País estimada em 21 milhões de habitantes.

O Estado, considerado maior empregador formal com cerca de 180 funcionários, paga salarios de pobreza. A maior parte dos seus funcionários recebe salário minimo equivalente a cerca de 85 dólares norte-amercanos/mês por trabalhador.

Mulher queimada viva em Cabinda por suposta feitiçaria

Em Cabinda, uma mulher, que se presume tivesse 49 anos de idade foi queimada viva até à morte por populares por alegados actos de feitiçaria.

As autoridades tradicionais já condenaram o acto e a Polícia trabalha para deter os autores do acto hediondo.

Movimentos de libertação dos PALOP prestam homenagem a Amilcar Cabral

O Primeira conferencia das organizações nacionalistas nas ex colonias portuguesas, desde 1961.

Segundo Óscar Barbosa, porta voz do PAICV, o encontro de quatro dias, visa homenagear Amilcar Cabral, homenagear o PAIGC.

Ainda de acordo com a mesma fonte, trata-se de uma prova de solidariedade para com o que a Guiné Bissau e Cabo Verde tem vivido nos ultimos tempos dando graça do nosso heroi Àfricano.

“É uma forma clara de demonstrar que estão ao nosso lado, procurando juntar-se ao que os guineenses e os cabo Verdianos estão fazendo para encontrar a paz, a unidade, e a verdadeira reconciliação nacional contra a colonização.